Reunir forças e articular
ações em prol da implantação da BR 377 e do anel rodoferroviário, esses foram
os objetivos da reunião preparada pela ACI Cruz Alta na noite de segunda-feira,
22 de abril.
A noite foi destinada a discussões
de ideias e planejamentos para que seja possível articular as ações que serão
desenvolvidas e dar andamento ao plano.
O mapa explicativo com a
proposta do traçado foi apresentado pelo
Presidente da ACI Cruz Alta e Vice-Presidente da FEDERASUL Regional Alto Jacuí,
Manoel Emerson Cezar de Souza. Na ocasião, Emerson Souza relatou aos presentes
que esteve reunido na tarde de segunda-feira com o engenheiro Luis Augusto Bassani,
do DNIT, justamente para expor essa carência logística da comunidade
empresarial de Cruz Alta e região. Emerson afirmou que “a comunidade deve ser
ouvida para definição do traçado, a comissão tem a propriedade de fazer a
triagem das proposições e o dever de articular a melhor proposta”, pensamento
que foi partilhado e ratificado pelo
Engº Bassani.
O grupo de trabalho
constituído para elaborar o pré-projeto da BR 377 pretende estar engajado com
as entidades locais e regionais, prefeituras, vereadores, políticos, senadores,
deputados federais e estaduais. E também almeja a sinergia regional com o apoio
dos COREDEs.
Paulo Silveira Neto,
secretário de Planejamento, representante da Prefeitura Municipal de Cruz Alta,
acrescentou que “O prefeito Juliano da Silva, está imbuído e comprometido com o
desenvolvimento de Cruz Alta e região, é
preciso elaborar um plano bem feito que tenha início, meio e fim, para que saia
do papel”. Neto ainda afirmou que “o executivo está junto com o desejo da ACI e
da comunidade, não podemos deixar a desejar”.
Em meio às discussões, Airton
Becker, presidente do Sindicato Rural de Cruz Alta e afiliado da FARSUL,
manifestou que a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul estará
comprometida com o projeto. Airton recordou que há 40 anos existe o marco BR
377, ano 1970. “A hora é perfeita, hoje vivemos um caos logístico”. Becker também
citou a quebra de contrato da China com o Brasil, por falta de logística; e o
programa Brasil Logístico, que irá revitalizar o modal ferroviário no país.
José Carlos Severo Corrêa, secretário
executivo do COREDE Alto Jacuí, explica que a missão do COREDE é agregar
parceria ao grupo, buscando o apoio dos COREDEs, principalmente daqueles que
serão influenciados e beneficiados com a implantação da BR 377. “Nós precisamos
conscientizar a região sobre a importância dessas obras para captar o apoio dos
COREDEs vizinhos”. Severo ainda lembrou que é necessário e fundamental as
lideranças políticas estarem envolvidas na efetivação deste processo. O
planejamento estratégico do COREDE Alto Jacuí já apontou que a implantação da
BR 377 e do anel rodoferroviária são importantes para a região, em terno de
ligações logísticas e escoamento de produção.
Severo acredita que o COREDE
Vale Jaguari, que tem como sede a cidade de Santiago, será parceiro nessa ação,
pois a BR 377 será uma ligação entre Santiago e Cruz Alta, através de Santa
Tecla.
Para Roberto Luís Visoto, coordenador
da região funcional 8 do Fórum dos Coredes e Presidente do COREDE Alto Jacuí
explicou: “Esse projeto tem lógica,
transcende as regiões, priorizando os 14 municípios do Alto Jacuí, onde a mãe é
Cruz Alta. É preciso trazer as regiões de trabalho e funcionais do governo
estadual para a sede em Cruz Alta, essa luta vai ser abordada no Seminário de
Desenvolvimento do COREDE”.
No estado são 28 COREDEs,
divididos em 9 regiões funcionais. Visoto aproveitará a reunião do Fórum dos
COREDEs, presidido por Hugo Ximenes, representante do COREDE Vale do Jaguari, em
busca de adesão para a causa da BR 377, através de um documento de apoio. O
coordenador ainda assumiu compromisso de articular os COREDEs em uma Assembleia
Regional ampla, trazendo os prefeitos e lideranças políticas constituídas.
Esteve presente também na
reunião, a vereadora Estela Maris, proponente e presidente da Comissão Especial
Pró-BR da Câmara de Vereadores. Estela se colocou a disposição para participar
do processo, independente de partido. “Com a minha experiência como vereadora,
irei apoiar para promover essa discussão respeitando o que foi construído,
faltando apenas o toque final, o momento é de desenvolvimento do país como um
todo, significa todos os partidos, e devemos utilizar tudo o que for possível
para isso. Precisamos de convicção para desenvolver Cruz Alta e região”. –
completou Estela.
Acerca da Comissão Pró BR
377 criada na Câmara de Vereadores de Cruz Alta com representatividade de todos
os partidos, o presidente da ACI Cruz Alta, Manuel Emerson Cezar de Souza,
afirmou: “Desejamos que essa comissão não seja passageira e inócua, que dure
apenas 5 minutos, uma comissão de papel. Queremos que esta comissão se faça
presente e esteja disposta a contribuir articulando politicamente com seus
pares, assim como toda a comunidade interessada em agregar-se a nossa luta pelo
desenvolvimento regional”. – explicou Emerson.
Na reunião foi definida a comissão
que terá a responsabilidade de elaborar o pré-projeto que será entregue em 30
dias ao DNIT para estudos de viabilidade. Compõem a comissão as lideranças
representativas locais: Prefeitura Municipal de Cruz Alta, Câmara de Vereadores,
Unicruz, Sindicato Rural, COREDE Alto Jacuí, ACI Cruz Alta, Sindilojas, CDL, Sindicato
dos Trabalhadores Rurais e representantes da imprensa local.
A proposta indica que BR 377
e o anel rodoferroviário farão a ligação da BR 158 com a ERS 342 até a CCGL.
Pela mesma faixa de domínio da BR 377 até Benjamin Nott, também ligará o trecho
que compreende até Santa Tecla, e a duplicação da ERS 342 até a CCGL.
O empresário, Álvaro
Fogliato, sugeriu a participação da ALL na comissão, levando em conta que a
proposta irá considerar as linhas rodoferroviárias.
Emerson deixou claro que “o papel da comissão
é importantíssimo, pois será responsável em realizar o tema de casa,
concretizar o nosso sonho, estar atenta aos anseios da comunidade, e expor a
necessidade regional”. Emerson também
indagou sobre “o que Cruz Alta quer?”, é preciso que as necessidades da
comunidade sejam atendidas e suas carências por serviços públicos sejam supridas.
O entorno urbano da cidade precisa adequar-se ao processo de desenvolvimento e
expansão, motivo pelo qual se discute amplamente a construção do anel rodoferroviário.
As próximas atividades agora
são desenvolver uma única proposta que represente a coletividade, reunir
números e indicadores que justifiquem a necessidade das obras, organizar o
grupo de representantes, encaminhar o pré- projeto ao DNIT. Posteriormente este
será encaminhado a Porto Alegre e a Brasília para fechar o traçado definitivo juntamente
com o Governo Federal e ser incluído no orçamento. Todos concordaram que daqui
para frente as ações serão organizadas em ordem de prioridade, a proposta
deverá contemplar todos os segmentos da comunidade local e regional, o
pré-projeto deverá contemplar a totalidade do traçado e do anel
rodoferroviário, que poderá ser executado em etapas, como estratégia de
viabilizar o projeto todo. A comissão
terá a tarefa de agregar todos os movimentos, congregar esforços que traduzam
um movimento único e coletivo.
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